Bom, este ano eu praticamente não arbitrei. Como a grande maioria sabe, o meu filho nasceu em Janeiro e este evento demandou a minha presença por mais tempo com a família. Para "melhorar" a questão do tempo, iniciei um curso em Abril, cujas aulas eram sempre aos Sábados (encerrei em Outubro). Aí não tinha jeito de viajar e nem mesmo arbitrar etapa de estadual aqui em Vitória, porque sempre tinha o dia todo de aula no Sábado.
Nessa esteira, estive no comando de mais um FENAC, dessa vez com recorde absoluto de participações (360 ao todo). Contei com a valiosa e imprescindível ajuda do AI Mauro Amaral na condução do torneio. Montamos uma excelente equipe de trabalho. Graças ao trabalho incansável do AN Sergio Silveira e da AA Vivian Heinrichs, o FENAC 2010 teve o PGN completo de todas as mesas e rodadas (ao menos as que eram possíveis passar). Mais uma vez, o torneio foi viabilizado pela enorme parceria do SICOOB e da Prefeitura de Santa Maria de Jetibá, nas figuras do Sec. de Esportes Edgar Miertschink e do Prefeito Hilário (o qual, se eu pudesse, colocaria para ser Prefeito de Vitória!).
O FENAC é um torneio que testa os limites da organização e dos árbitros. São muitos pais acompanhando seus filhos e a grande maioria, durante o torneio, sofre uma transformação. Lembro-me do filme "Lances Inocentes", em que os pais eram trancafiados para não perturbarem o torneio, pois na hora que os filhos estão em competição, os nervos ficam à flor da pele. Se chove, a culpa é do organizador. Se o avião atrasa, a culpa é do organizador. Se o filho erra o resultado da partida e o árbitro identifica a tempo de corrigir, bem, aí não tem reclamação e nem elogio, finge-se que não aconteceu nada. Tenho certeza que esses pais, fora da esfera que envolve a competição em si (período de inscrição, torneio e cerimônia de encerramento), em suas vidas normais, são pessoas da mais alta qualidade. Mas, como seres humanos, estão suscetíveis a erros de julgamento e de tomada de decisão. Pegam pesado com organizadores e árbitros. Mesmo que estes últimos estejam errados, deve-se sempre lembrar que também são humanos e podem errar. Não se corrige erro com grosseria e falta de educação, afinal, no dia-a-dia, não é assim que vivemos, não é mesmo?
O segundo e último torneio arbitrado neste ano, já livre do compromisso Sabatino, foi a Semifinal do Brasileiro - Região 2. Lá contei com a ajuda do AF Igor Lutz e ainda tivemos mais dois auxiliares: AR Klebber Maux e AN Euclides da Cunha. O Klebber não só ajudou na arbitragem, como levou todo tipo de equipamento possível (impressoras, datashow, tabuleiros, peças, relógios, frutas, biscoitos, etc). O homem vai preparado para qualquer imprevisto!
O torneio foi de ótimo nível técnico. A equipe deu conta do PGN, que era publicado quase sempre minutos após o fim da rodada (trabalho implacável e impecável do AF Lutz, que passava 65% das partidas de cada rodada, no mínimo - eu mesmo passava o restante, durante os períodos de tranquilidade no transcorrer das rodadas). Foi bem cansativo, as partidas eram brigadas, tivemos que adiar o início de uma rodada em 30 minutos, porque uma das partidas se estendeu tanto que terminou faltando apenas 15 minutos para o horário anteriormente previsto para a rodada seguinte (cerca de 120 lances). Apesar de estarmos na frente da praia, eu e o Igor praticamente ficamos "a ver navios", não tinha como aproveitar, infelizmente.
A viagem do ano, é óbvio, foi para a olimpíada em Khanty-Mansyisk. Muita gente pensa que é um passeio ser chefe de delegação. Não é não, pelo menos quando se é o Presidente da CBX e tem que cuidar dos detalhes necessários para que a empreitada seja bem sucedida. Tive a oportunidade de ser o "coringa", quando o Alvinho adoeceu e quando o Darcy precisou participar de algumas reuniões da FIDE, por ser justamente o Delegado FIDE designado pela CBX. Enfim, pude ser capitão das equipes em algumas rodadas. Mesmo sendo minha segunda olimpíada (a anterior fui como árbitro), a sensação é sempre fantástica. Espero ter disponibilidade e utilidade para estar na de 2012, na Turquia.
Por falar na olimpíada de 2012, espero que não tenha a mesma dor de cabeça que tive nesta de 2010. É muito desagradável ter que substituir um atleta, porque o mesmo mudou de ideia quanto a viajar com a equipe, e ficar lendo bobagens em blogs, dizendo que foi perseguição política. Se cabia a mim convocar e eu estivesse de perseguição, não convocaria o atleta e ponto final. Se os críticos ao menos lembrassem desse pequeno detalhe, iriam arranjar algo mais produtivo para fazer... O próprio atleta não criou qualquer atrito com a CBX, informou que não iria viajar, foi perguntado se não queria reconsiderar e manteve sua decisão como final.
O resultado da equipe foi simplesmente o melhor de todos os tempos (não dá para comparar um 14º lugar com cerca de 30 equipes disputando, contra um 17º com cerca de 150 times na competição, ainda mais que ficamos empatados em pontuação com o 11º). O time feminino, desfalcado da bicampeã brasileira, lutou bravamente em todas as rodadas e mostrou valor!
Aos poucos, vou retomando os trabalhos do blog. Por enquanto, desejo aos poucos amigos que aqui visitam que tenham um excelente ano novo, extensivo a todos os seus familiares e amigos queridos!
Abraço!
AI Pablyto Robert
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Pablyto: Um Feliz Ano Novo para você e sua familia.
ResponderExcluirTambém um Feliz Ano Novo para toda a familia enxadrista do BRASIL!!!!
BOAS FESTAS E UM FELIZ ANO NOVO A TODOS!!!!