quinta-feira, 28 de abril de 2011

II Etapa do Circuito Pré-Olímpico Feminino 2011-2012

Quem lê o título deste post deve pensar: "o Pablyto está tão atarefado que esqueceu que amanhã começa a I Etapa e não a II Etapa do Circuito. Tá doidinho, coitado...". Pensou errado! Amanhã inicia a primeira etapa sim, no centenário Clube de Xadrez São Paulo, mas já está confirmada a II Etapa, no período de 27 a 29 de Maio, no Rio de Janeiro, parceria entre a CBX e a Convergência do Xadrez Fluminense, já famosa pelos numeros e bem organizados eventos no Estado do Rio de Janeiro, onde o xadrez andava meio parado.

Os detalhes do torneio podem ser vistos no folder. O circuito promete ultrapassar as 6 etapas inicialmente previstas, com certa facilidade.

No que depender da CBX, as nossas gloriosas jogadoras não terão mais tempo à toa, vão jogar um torneio atrás do outro, sempre valendo FIDE e com alguma premiação!

Abraço!

AI Pablyto Robert
@IA_Pablyto

terça-feira, 19 de abril de 2011

O doce e o amargo no mesmo fim de semana

Apenas hoje consigo um tempo para escrever algumas linhas sobre o fim de semana. Estive em São Paulo, a convite do Colégio Albert Sabin, para participar do famoso Desafio Chocolate. Para aqueles que não conhecem, trata-se do pioneiro evento em que as peças e tabuleiros são de chocolate. Após a iniciativa do Albert Sabin (já está na 8ª edição), alguns outros surgiram no Brasil (terminou esta semana também um evento com peças de chocolate em Cuiabá).

Vale à pena destacar que o Desafio Chocolate é mais do que um simples momento de prazer entre alunos, pais, avós, professores, etc. É, também, um excelente projeto social, uma vez que as inscrições são com ovos de páscoa e a arrecadação é 100% doada para instituições de caridade. Mais uma vez, ponto para o colégio Sabin, que retrata muito bem a filosofia de vida de seu dono/fundador, Sr. Godoy, a quem tive a felicidade de conhecer e perceber o grande ser humano que ele é!

O VIII Desafio Chocolate foi a maior versão até o presente momento, com 1278 participantes! Era impressionante o número de acompanhantes espalhados nas arquibancadas, o que deve seguramente ter totalizado umas 3500 pessoas no colégio durante o dia.

Ainda no Sábado, pela noite, fui convidado pelo Tiago e pela Stephanie para ir ao Shopping e dar uma passada em um barzinho onde se comemorava o aniversário da Rabith. Momentos agradáveis, completando a parte doce do fim de semana.

O amargo, infelizmente, veio logo no Domingo pela manhã, quando embarcava para retornar a Vitória, quando recebí a notícia do falecimento da avó de minha esposa. Dona Virgínia foi uma pessoa maravilhosa, dedicada à família e que não media esforços para ajudar os seus entes queridos. Um fim de semana antes, estávamos com ela na casa de meus sogros. Apesar da avançada idade, estava lúcida e sempre caminhando com suas próprias pernas, sem dar trabalho para ninguém (o que aliás ela não concordaria jamais).

Eu mesmo tive poucos contatos com a D. Virgínia, porque ela morava no interior do Estado. Contudo, nos quase 7 anos de convívio constante com uma parte de sua família, sempre ficou uma excelente referência, confirmada a cada um dos poucos encontros que tivemos, sempre seguido do convite a uma visita, a qual fiquei devendo até o Domingo, quando fui para cumprir uma triste despedida, tão logo cheguei de viagem. Não foi a D. Virgínia quem perdeu a vida, mas sim a vida quem perdeu D. Virgínia; e ficará com saudades.

AI Pablyto Robert
@IA_Pablyto

quinta-feira, 7 de abril de 2011

ANUÁRIO ENXADRÍSTICO DO CEARÁ


No próximo dia 19 de maio, quinta-feira, no auditório da Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel, em Fortaleza (ao lado do Centro Cultural Dragão do Mar), a partir das 19 horas, o professor Ari Maia lançará a 1ª edição do Anuário Enxadrístico do Ceará. O trabalho é um resgate de toda a produção enxadrística do estado no ano de 2010. Foram reunidas 1056 partidas, jogadas por 281 jogadores. No Anuário registrou-se todas as partidas pensadas que foram jogadas em território cearense e aquelas jogadas por jogadores cearenses que, bravamente, cruzaram nossas fronteiras para disputarem torneios fora do Ceará. Se você jogou uma só partida em 2010 e registrou em súmula a partida, ela estará por lá. O Anuário serve como subsídio na preparação dos jogadores em torneios. Quem nunca perguntou para outro colega: "O que o fulano joga de negras? Pois amanhã jogo com ele". Não precisará mais perguntar, pois no Anuário tem um índice onomástico, com o nome do jogador e a referência onde encontrar a partida dele. Há partidas de Grandes Mestres, assim como dos mais eficientes capivaras do xadrez cearense e, claro, dos jogadores intermediários. O material é o maior e mais completo resgate da produção enxadrística cearense. Torneios memoráveis como o Aberto do Brasil de Fortaleza estão contemplados no material, assim como torneios menores. Por motivos óbvios, não foram contempladas as partidas do xadrez rápido, nem relâmpago. Durante o evento de lançamento, haverá uma homenagem ao belíssimo trabalho realizado pelo professor Wesley, do clube de Xadrez da Biblioteca Pública. Todos estão convidados. Aos interessados em adquirir o material, teremos um espaço de vendas. O livro que tem 330 páginas, uma seção de fotos e uma outra com partidas comentadas, custará R$ 50,00. A capa do livro é obra do Anderson Mauro, também conhecido como Mineirinho.

(Fonte: http://www.xadrezbrasil.org.br/)

Faço este registro a pedido do Prof. Ari Maia, que tem se mostrado um verdadeiro apaixonado pelo Xadrez, dedicando-se bastante em atividades em prol do esporte. Vale à pena conferir o seu site (link acima destacado), sempre com notícias pertinentes ao xadrez nacional, bem como eventos organizados pelo próprio Ari.

Grande Abraço!

AI Pablyto Robert
@IA_Pablyto

quarta-feira, 6 de abril de 2011

É dura a vida de organizador de torneios

Que tal dedicar meses de trabalho em prol de um torneio grande, cujos custos de início (antes mesmo dos relógios serem acionados) sejam enormes, o trabalho seja árduo e as reclamações e insinuações desabonadoras contra sua pessoa sejam muitas? Parece ruim, não é? Pois é, é até pior dependendo de quem é você e de seu grau de simpatia com a comunidade enxadrística em geral.

Não é segredo para ninguém que o xadrez nacional é repleto de grupinhos. Cada grupo tem uma inclinação e aproximação com alguma entidade ou com alguma pessoa envolvida politicamente no esporte. Quando um organizador não tem um bom relacionamento com alguém que pertença a um desses grupinhos ou com alguma entidade ou político que se relaciona com o grupinho, muita gente procura "minar" o trabalho do organizador, antes mesmo do evento acontecer. É batata, a grande maioria não é crítico de verdade, mas sim alguém tentando fazer barulho e incomodar, atrapalhar, pois o sucesso do lado contrário deve ser evitado. A situação é vista como se fosse uma guerra: se ele ganha, eu perco.

É com tristeza que constatamos isto. Nos poucos torneios que organizei diretamente pela CBX (Brasileiro Amador, por exemplo), estando à frente das inscrições e todo o resto (em alguns com a valiosa ajuda do AI Mauro Amaral), experimentei de perto estas questões. Um ou outro, por se achegar mais a grupos que são "oposição" à CBX, destilou críticas das mais absurdas aos torneios, mesmo com a maioria esmagadora da comunidade enxadrística tecendo os mais rasgados elogios aos eventos e nossa organização.

Muita gente não tem a menor ideia do quanto custa para se organizar um torneio do porte do Mundial da Juventude. Mas muita gente logo se põe a escrever asneiras em blogs, para ofender o organizador. Não sou da organização desta vez, mas não gosto de injustiça. O evento foi pensado para o Rio de Janeiro, mas teve que ser abortado, pelo simples fato de que os pouquíssimos hotéis que teriam estrutura para receber uma competição com cerca de 1500 jogadores serem absurdamente caros e estarem em localidades onde as demais opções eram igualmente caras. Isto se dá porque o Rio de Janeiro tem um complicador imenso: recebe turismo de negócio e lazer ao mesmo tempo, a demanda é sempre alta, o que eleva os preços sobremaneira.

O evento foi realocado para um local paradisíaco, com opções de hospedagem a R$ 55,00 (café da manhã incluso)! E tem gente achando isto um abuso? Se o torneio fosse no Rio, 55,00/dia seriam gastos apenas com alimentação! E quem não ficasse no hotel, ainda teria o custo com transporte, etc. Mas, como o que importa é reclamar, essas questões ficam de lado. Fala-se até em uma obra arquitetada, já que no RJ "muitos" jogadores poderiam ficar na casa de amigos ou parentes! Para criticar por criticar, qualquer pessoa um pouco mais empenhada arranjaria justificativa até melhor...

Gostaria, nesta análise, de lançar alguns fatos, relacionados a outros mundiais realizados em outros países. Bem, em todos estes, os jogadores brasileiros tiveram que se hospedar nos hotéis conveniados (seja na França, na Turquia ou na Grécia - os três que me recordo sem esforço algum). Na França, os hotéis eram muito distantes, era uma viagem diária para se jogar as partidas, isto sem contar a péssima alimentação. Foi um show de horrores que rendeu ao organizador uma suspensão na FIDE. Mas disto ninguém lembra, porque o objetivo, como já dito, é atacar o organizador brasileiro. Tanto na Turquia, quanto na Grécia, os eventos não foram nas principais cidades, o que tornava obrigatório a hospedagem nos conveniados. Bem, lá os pacotes ficavam acima de 1.000,00 Euros e o pagamento era obrigatoriamente realizado via a Federação nacional (no caso da Turquia, os Gregos foram mais flexíveis, aceitavam depósito - ou seja, transferência internacional, que é tributada e aumenta o custo). No evento que será realizado em Caldas Novas/GO, há opção de pagamento com cartão de crédito, tudo direto com a organização e todos os tipos de opções de hospedagem, com preços variados, sendo todos os hotéis próximos ao salão de jogos, com deslocamento a pé.

Não vou nem tecer comentários sobre os valores que o organizador teve que antecipar à FIDE, como garantia do torneio. Nem os investimentos em infraestrutura (já que o torneio não é composto só do local, mas de peças, relógios, tabuleiros,, equipe de arbitragem, etc).

Concluindo, todo mundo tem direito de reclamar. Mas penso eu que isto deveria ser feito com justiça e imparcialidade, não com motivações pessoais, picuinhas, etc. Diz o ditado bíblico: "Dai a César o que é de César". E aqui tem que ser dado ao organizador os parabéns pelo esforço em trazer o evento, correr atrás de um local que disponibilizasse preços variados de hospedagem, possibilitar pagamento por cartão e diretamente com a organização, entre outros tantos pontos positivos que são propositalmente esquecidos pelos "críticos". Tem-se que reconhecer que é um esforço de 2 anos, já que esta história de mundial 2011 se iniciou em Outubro de 2009, durante o 80º Congresso da FIDE.

AI Pablyto Robert
@IA_Pablyto